Novembro Azul: a importância do exame e de romper preconceitos

Aspectos culturais, como o machismo, têm impacto no diagnóstico e controle do câncer de próstata; Exame de toque retal é simples e rápido

O câncer de próstata – tipo da doença mais comum entre os homens - é o foco de mais uma edição da campanha Novembro Azul, organizada pela Sociedade Brasileira de Urologia. Esse problema de saúde é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Somente entre 2016 e 2017, 61,2 mil novos casos foram estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os aspectos culturais, como o machismo, têm impacto no diagnóstico e controle do câncer de próstata, doença muitas vezes associada com a perda da virilidade. Como consequência, há o isolamento e a baixa autoestima do paciente que, não raro, tem dificuldade para buscar ajuda e médica e durante o tratamento precisa se afastar das atividades laborais.

De acordo com dados do Inca, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. Urologistas afirmam que o exame de toque retal é simples e rápido, com duração de 5 a 10 segundos, daí a importância de se fazer consultas regulares ao médico. Em muitos dos casos, só há sintoma quando já está muito avançado, o que reforça a importância de os homens procurar diagnosticar antes que seja muito tarde.

Dois exames

Para investigar o câncer de próstata são feitos dois exames: o de toque retal, que avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata, e o Antígeno Prostático Específico (PSD). Para confirmar uma suspeita sinalizada pelos dois testes, é feita uma biópsia, que consiste em analisar pequenos pedaços da glândula. A função da próstata é a produção de um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm maior chance de também desenvolvê-lo. Outros fatores de risco são sobrepeso e tabagismo. Praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são formas de prevenir a doença.

Quando se manifesta da forma menos agressiva dos três níveis existentes, o paciente deve frequentar o médico a cada três meses e seguir uma rotina de exames laboratoriais, protocolo estabelecido por especialistas há cerca de dez anos.

Direito a benefícios

Os pacientes com câncer têm direito a receber auxílio-doença – se for afastado do trabalho por mais de 15 dias – e o saque do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Quem é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode solicitar ainda o benefício chamado Tratamento Fora de Domicílio (TFD), valor que cobre despesas como transporte aéreo, terrestre e fluvial, diárias para alimentação e pernoite.

No caso do TFD, a liberação depende da disponibilidade orçamentária do município ou estado. Alguns estados, como o Rio de Janeiro, asseguram ainda a gratuidade de ônibus intermunicipais, trem, metrô e barca. A lista dos completa dos direitos do paciente está disponível no site do Inca:
Direitos sociais da pessoa com câncer
 
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