Tire suas dúvidas sobre a ansiedade. Confira!

A maioria das pessoas há de concordar: durante a pandemia de Coronavírus, diversos são os momentos em que nos sentimos irritados, ansiosos e angustiados, principalmente por termos que ficar constantemente em casa para evitar o aumento dos casos de COVID-19.

Um desses estados emocionais, a ansiedade, é algo natural do corpo humano e representa uma reação de sobrevivência. Isso porque, quando ela ocorre, alguns tipos de hormônios são liberados, deixando o corpo preparado para lutar ou fugir – algo essencial no passado, quando nossos ancestrais corriam riscos constantes para sobreviver.

É normal se sentir ansioso, mas quando esse estado se torna frequente e intenso, atrapalhando até mesmo a realização de tarefas diárias, é hora de se preocupar. Tire as suas dúvidas sobre a ansiedade a seguir e saiba quando é hora de procurar ajuda!

Tipos de ansiedade

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a maior taxa de pessoas ansiosas no mundo: mais de 18 milhões de brasileiros (9,3% da população) sofrem com o transtorno. Mas apesar do que muitas pessoas pensam, a ansiedade é dividida em diferentes tipos. São eles:

• Ansiedade generalizada: preocupação constante e excessiva com situações do dia a dia, seja com o trabalho ou com dinheiro, por exemplo;

• Pânico: crise em que a pessoa tem medo de enlouquecer ou morrer, o que pode acontecer sem motivos;

• Fobia social: timidez patológica, como uma pessoa que passa mal ao falar em público;

• Fobia específica: medo exagerado de algo específico, como de altura ou baratas, por exemplo;

• Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): combinação de preocupações excessivas com rituais, como uma pessoa que precisa acender e apagar as luzes de casa diversas vezes antes de sair. De forma supersticiosa, ela acredita que algo ruim pode acontecer se esses rituais não forem realizados;

• Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): ocorre após uma situação traumática. A pessoa sente que está revivendo o trauma e tem as mesmas sensações já vividas, até mesmo físicas;

• Agorafobia: medo de lugares com muitas pessoas ou de situações em que é difícil ser socorrido, levando o indivíduo a evitar sair de casa.

Principais sintomas dos transtornos de ansiedade

Existem diversos sintomas relacionados à ansiedade, que vão desde sinais psicológicos até físicos. No caso dos psicológicos, a pessoa geralmente sente medo, inquietação, angústia, insônia, dificuldade de concentração e sensação de que está sempre no limite.

Já os sinais físicos mais comuns são falta de ar, boca seca, suor excessivo, hiperventilação, náusea, calafrios, ondas de calor, formigamento, dor no peito, tensão muscular, tremores, tonturas e sensação de desmaio.

Como prevenir e tratar uma crise de ansiedade

Para controlar a ansiedade, manter hábitos de vida saudáveis e praticar a meditação é algo imprescindível. Afinal, uma vida agitada reúne diversos fatores e situações que podem ser gatilhos para uma crise. Nesse caso, é muito importante:

• Evitar o consumo de álcool e drogas;

• Fazer atividades físicas;

• Ter uma alimentação balanceada;

• Fazer exercícios de respiração e relaxamento.

É importante destacar que as práticas acima são importantes para prevenir e minimizar os sintomas de uma crise de ansiedade, mas buscar ajuda psicológica é fundamental. Além de auxiliar o paciente a lidar com o transtorno e a encontrar alternativas para contornar os sintomas, o profissional da área vai avaliar a origem do problema e evitar que ele ocorra. Dependendo do grau de intensidade, um psiquiatra pode indicar medicamentos ao paciente, o que vai permitir obter um maior controle sobre si mesmo e ajudar a pessoa a controlar suas reações diante das situações do dia a dia.

Portanto, se você apresentar algum sinal de ansiedade e perceber que esses sintomas estão atrapalhando a sua rotina, procure ajuda psicológica o quanto antes para evitar que o problema se agrave.