
A pesquisa inédita sobre o tema foi realizada pelo Instituto Nielsen, a pedido da Pfizer - empresa farmacêutica internacional, envolvendo não apenas o Brasil, mas também Argentina, Chile, Colômbia e México. Participaram do levantamento 2.067 pessoas com mais de 18 anos, incluindo 414 brasileiros.
A maioria dos brasileiros conhece pouco sobre o Câncer de rim e considera que a divulgação sobre a doença no País é insuficiente. Além disso, predominam percepções equivocadas em relação às causas, sintomas e tratamento do tumor.
Menos de três a cada dez pessoas no Brasil têm informações sobre o Câncer renal, embora se trate de um dos tumores com as maiores taxas de mortalidade em todo o mundo. Ainda assim, a porcentagem de brasileiros familiarizados com a doença é superior às taxas dos outros países que participaram do levantamento. “Essa constatação reforça a importância de um amplo trabalho de conscientização sobre a doença, considerando que estamos no mês em que se celebra o Dia Mundial do Câncer de Rim, 22 de junho”, afirma a oncologista clínica Ana Paula Garcia Cardoso, do Hospital Israelita Albert Einstein.
No Brasil, a parcela mais jovem dos entrevistados pela pesquisa, com idade entre 21 e 25 anos, é aquela que mais conhece o Câncer de rim e também o grupo que dispõe de mais informações sobre os diferentes tipos de Câncer existentes. Já entre as pessoas de 36 a 50 anos de idade, apenas 26% estão familiarizadas com a doença, porcentagem que cai para 20% entre aqueles com 51 anos ou mais.
Em outra frente, o Câncer de mama representa o tipo de tumor mais conhecido por todas as populações ouvidas no levantamento e o Brasil é o segundo país que está mais familiarizado com a doença, ficando atrás apenas do México. O último do ranking é o Câncer colorretal, mencionado por apenas 21% dos entrevistados. No Brasil, essa porcentagem é ligeiramente superior, chegando a 25%.
Percepções equivocadas
A falta de conhecimento sobre o Câncer renal está diretamente associada a percepções equivocadas em relação às causas, sintomas e tratamento da doença no Brasil. A pesquisa aponta, por exemplo, que apenas uma em cada dez pessoas associa a enfermidade ao gênero masculino, quando na verdade a doença acomete quase duas vezes mais homens do que mulheres, especialmente na faixa etária que vai dos 50 aos 70 anos.
Em relação às causas da doença, apenas cerca de 30% dos brasileiros mencionam o tabagismo, a obesidade e a Hipertensão como aspectos relevantes, embora esses elementos constituam os principais fatores de risco para o tumor. Por outro lado, 74% dos brasileiros citam, acertadamente, a presença de sangue na urina e alterações em sua coloração como alguns dos principais sintomas do Câncer de rim.
O levantamento aponta ainda que o Câncer de rim é visto como uma doença silenciosa, que nem sempre provoca sintomas, o que de fato corresponde à realidade. Essa é a percepção de 23% dos entrevistados brasileiros. “Realmente, os sintomas do Câncer de rim dificilmente aparecem no início da doença. Por isso, grande parte dos pacientes acaba procurando o médico apenas quando o tumor já se encontra em estágios mais avançados. Ainda assim, alguns procuram por sintomas outros procuram por terem feito o diagnóstico ao acaso”, afirma a oncologista Ana Paula Garcia Cardoso. Apesar disso, 68% dos brasileiros reconhecem que a detecção precoce do tumor é um fator essencial para o melhor prognóstico do paciente.
Fonte: http://www.uai.com.br