Paladar infantil: os alimentos saudáveis podem sim agradar a garotada

Já pensou em oferecer para as crianças água com gás misturada às frutas no lugar do refrigerante? Ou batatas assadas crocantes ao invés de batata frita? Se a resposta for sim, você está no caminho certo. Isso porque os hábitos alimentares são formados na infância. Então, introduzir alimentos saudáveis e minimamente processados nessa fase da vida  é muito mais fácil porque os adultos já têm hábitos formados.  

A nutricionista Andressa Felizola reforça: evitar que os pequenos aprendam a comer alimentos ricos em conservantes, corantes e realçadores de sabor, além de proteger a saúde deles, ajuda para que mais tarde eles não tenham que passar por uma reeducação alimentar. A família é responsável por isso, mas a escola e os ambientes onde as crianças frequentam também podem contribuir.  

“Quando se trata de comida pra criança, a indústria oferece tudo muito colorido, geralmente vem com ilustrações representando desenhos animados e filmes”, lembra a nutricionista. Então uma dica importante é também oferecer alimentos saudáveis de maneira divertida, como bolachas caseiras em forma de bichinhos ou espetinhos de frutas, por exemplo. “A gente tem um papel muito importante de ensinar a criança que alimentação saudável é gostosa e é divertida também”, completa.  

Pais mais atentos  

Crianças geralmente se alimentam daquilo que elas recebem dos pais e responsáveis. Portanto, cabe a eles oferecer opções mais saudáveis, que fazem bem, que nutrem, atendendo aquilo que o corpo precisa nessa fase de crescimento e aprendizado. A nutricionista Andressa Felizola acredita que os pais já estão mais conscientizados sobre a alimentação dos filhos. “Até porque hoje se tem um número alto de sobrepeso, obesidade e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Então está sendo muito comum no consultório ver pais mais interessados e dispostos a buscar uma alimentação mais saudável para os filhos e consequentemente para a casa toda”.  

Esta conscientização é relevante porque no mundo, 156 milhões de crianças de até cinco anos tem desnutrição crônica e 50 milhões apresentam desnutrição aguda, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aqui no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2013) do Ministério da Saúde, 60,8% das crianças menores de dois anos já comem bolachas recheadas.  

Para Andressa, as famílias precisam entender que nenhuma comida é proibida. O que as crianças devem aprender é optar pelo mais saudável. A pipoca, por exemplo, ao invés daquela preparada no microondas, com todos os conservantes, pode ser a pipoca feita na panela, com pouco sal e óleo.  

O exemplo dos pais é essencial, segundo os especialistas. Não dá pra impor um alimento para a criança e comer outro na frente dela. Organização também é imprescindível para o sucesso, pois é preciso ter sempre alimentos frescos, prontos (até mesmo congelados) para oferecer, colocar na lancheira e levar em todas as atividades da criançada. Fonte:

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